quinta-feira, 22 de maio de 2008

Educação fora da escola


Crianças conhecem o mundo das pesquisas na Embrapa


Flávia Fontes


Caderno e caneta na mão. Olhares curiosos para os que viram as aulas teóricas da sala de aula, transformadas em práticas. Foi assim, ontem (21), a visita dos alunos da 5ª série do colégio Santa Bartoloméa, aos laboratórios e ao campo experimental da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa/AP). Foram 31 crianças, coordenadas pela orientadora, Ana Patrícia e pelas professoras, Sandra Zampar e Renata Modesto,que coordenaram as atividades extra classe.
Teoria e prática
Para a professora de ciências, Sandra Zampar, esse trabalho é desenvolvido para que os estudantes possam visualizar as áreas de pesquisas da Embrapa e relacionar com os ensinamentos teóricos adquiridos na escola. Além de tornar o ensinamento mais atraente ao aluno. A pesquisadora da Embrapa, Valéria Bezerra, gostou da experiência. Ela comentou que ao falar de ciência para criança é importante fazer-se entender e interagir sempre. “É fundamental falar fácil. Por exemplo, não posso falar refratômetro e brix, tenho que falar de aparelho que mede a quantidade de açúcar”, citou a pesquisadora, que é mestre em Ciência dos Alimentos.
Açúcar demais...
No laboratório de análise de alimentos, ela utilizou refrigerante, suco e frutas para demonstrar às crianças como e por que fazer a medição do açúcar. “Açúcar demais faz mal à saúde”, sintetizou. Em seguida, as crianças foram ao campo experimental de Fazendinha, onde estão instalados clones de cupuaçu, experimentos de bananeiras, mandioca, macaxeira e o viveiro de mudas da Embrapa. Para a aluna Camila Amorim, 10 anos de idade, a aula foi muito interessante.
Cuidados com a natureza
Ela disse ainda que se sentiu encantada pela forma do estudo sobre os insetos e dos solos. “Aprendi que se a floresta continuar sendo desmatada, o solo empobrece e pode prejudicar a todos nós, seres vivos”, comentou. O garoto Pedro Lima, que quer ser piloto de avião, para atuar na área de agricultura, falou entusiasmado da importância da visita. Além de considerar tudo muito curioso, ficou surpreso ao ver o estudo sobre os insetos e as formas como eles se reproduzem. “Nós estudamos desde o começo do ano na sala de aula sobre os vários tipos de solo. E hoje pudemos ver isso na prática. É ótimo”, entusiasmou-se.A pesquisadora acrescenta que o fato de orientar seu filho nas tarefas escolares, que é da quinta-série, facilitou para que ela conseguisse ligar muitos assuntos que mãe e filho estudam juntos, com os assuntos apresentados às crianças-visitantes, como: Solos, Amazônia, bioma e cadeia alimentar.

(publicado no Jornal A Gazeta em 22.05.08)

Nenhum comentário: