sexta-feira, 30 de maio de 2008

Piscinão do Muca


Buracos e lamas impedem o tráfego de veículos e pedestres

Flávia Fontes

Moradores da avenida Maria Rosa Tavares, no bairro do Muca, se queixam das péssimas condições no trecho que fica na esquina com a rua Hildemar Maia. A equipe do jornal a Gazeta esteve no local e verificou que na área o asfalto cedeu e a lama impede a passagem de carros, motociclistas, ciclistas e pedestres. Segundo informações de populares a situação é caótica e ocorre há tempos. Vários e grandes buracos, que no período chuvoso enchem de água e formam uma verdadeira “piscina de lama”, denunciam.

Skate na lama
O autônomo, Antonio Pontes, motoqueiro e precisa passar diariamente pelo local, diz que faz verdadeiras manobras para poder não afundar no lamaçal. “Quando chove isso fica pior, quase impossível mesmo de passar por aqui”, desabafa. Sem falar do fedor que predomina. Alguns comerciantes também se queixam que de ambos os lados da Maria Rosa existem frigoríficos, que atendem grande parte dos moradores do bairro, que deixam escorrer água permanentemente. Com as buraqueiras e a água empoçada mais o acúmulo de sujeira, surge a lama, por não ter por onde a água escoar. Carros, motos e bicicletas enfrentam dificuldades. Mas os pedestres são mais penalizados sem o acesso aos estabelecimentos comerciais, escolas e paradas de ônibus, bem distante dali.

Ônibus não passa
Há algum tempo o trecho era utilizado como rota para o ônibus da linha Usina/Muca. “Tinha até parada de ônibus na esquina. Mas devido às péssimas condições da avenida, o coletivo deixou de trafegar por aqui e não existe mais nem o ponto de ônibus. Tudo já teve aqui”, reclamam os moradores. Os alunos de duas escolas no bairro também têm que conviver com a poeira no verão e com a lama no inverno. Os moradores dizem que tapam os buracos para facilitar a passagem de veículos e pessoas. Mas com o passar do tempo e no período de chuva o trabalho é destruído e tudo volta a ficar pior do era. Antonio diz que o trecho já foi batizado por “piscinão do muca” e já preparam uma festa apara comemorar os aniversários dela, ironizam.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Operação Detran

Polícia Federal investiga emissão de 50 certificados falsos

Flávia Fontes


A Polícia Federal do Amapá deflagrou ontem (27), pela manhã, a Operação Detran, e deu cumprimento a dez mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juiz Adão Gomes de Carvalho da 1ª Vara Criminal de Macapá.
A operação contou com a participação de 40 policiais federais. Os mandados fazem parte do processo de investigação que já ocorre há três meses, sobre a emissão de certificados falsos de reciclagem de curso e direção defensiva e primeiros socorros para inúmeras pessoas que tinham interesse em renovar a habilitação.
De acordo com o delegado Ronilson dos Santos, a denúncia partiu do Departamento de Trânsito em Macapá (Detran). A informação era de que estava ocorrendo uma derrama de certificados de reciclagem falsos. Isto porque, a pessoa quando ia renovar a carteira de habilitação, podia optar por fazer a prova ou o curso de reciclagem, geralmente no Senai. “Então foi nesse andamento de reciclagem que identificamos algumas pessoas que estavam falsificando e vendendo para os interessados. E isso baseou a investigação que culminou na operação de hoje”, explicou o delegado.
A partir da denúncia, a Polícia Federal iniciou uma verificação minuciosa. Começou a ouvir pessoas e analisar os certificados. “Com base nisso nós pedimos a busca e apreensão dos possíveis suspeitos e locais”, afirmou.
A maneira de agir da venda do falso certificado consistia na abordagem das pessoas nas proximidades da agência do Super Fácil. O cidadão, no momento da renovação de CNH, optava em fazer o curso. Aí começava o esquema: o documento, sem qualquer necessidade de realização de estudo, era oferecido às pessoas a um preço que variava de R$ 100 a R$ 300. Nesta fase inicial, mais de 50 certificados com timbre do Senai foram adulterados. “Esse esquema coloca nas ruas dezenas de motoristas sem preparo e formação mínima em trânsito”, argumenta Ronilson.

OS ENVOLVIDOS

Os mandados foram cumpridos em residências e em lojas que confeccionam placas de veículos, e uma auto-escola. Para o delegado há indícios de que mais pessoas estejam envolvidas no esquema. “Nós começamos mais ou menos há uns três meses e acredito que vai se desenrolar ainda mais. Nós vamos fazer uma triagem na documentação, ouvir testemunhas, ouvir pessoas que entregaram o certificado. Ouvir todos os envolvidos”, garantiu.
As investigações demonstram que podem ter ligação no esquema, pelo fácil acesso junto ao Detran. Algumas pessoas tinham lojas nas proximidades do Detran e Super Fácil, isso facilitava as abordagens com quem estava interessado em fazer o curso de reciclagem. “Lojas que vendiam placas, tudo relacionadas a veículos. Eram como despachantes de documentos. O indivíduo dava entrada na documentação nos órgãos competentes e fazia a falsificação completa”, esclareceu.
Na operação vários documentos foram apreendidos, inclusive certificados falsos, em alguns locais, papéis relacionados a veículos. Além de documentos pessoais de terceiros. “Por não haver motivo de estar naquela casa nós apreendemos os outros documentos. E os donos dos locais e das lojas serão ouvidos. Posteriormente para explicar o porque dos papéis”, afirmou.
Para não atrapalhar o andamento das investigações o delegado Ronilson preferiu não divulgar os nomes dos envolvidos. Mas falou que por enquanto não há indícios de envolvimento dos funcionários do Detran, no entanto, irão ouvir alguns atendentes do Super Fácil, já que alguns deles são terceirizados. “Queremos que eles expliquem ocorrências que nós encontramos durante as investigações, como por exemplo, receber certificado Registro Nacional de Carteira de Habilitação Amapá - (RENACH), sem a presença do interessado, ou sem documentação original. Vão ter que explicar por que eles abriram o Renach”, advertiu.

FALSIFICAÇÃO DE ASSINATURA MÉDICA
Clínicas médicas foram alvos de buscas, pois até atestados médicos falsos foram detectados para renovação de CNH. Segundo o delegado está sendo investigada também a procedência de declarações de pessoas que afirmaram não ter feito o exame médico oftalmológico obrigatório, no entanto, ele constava entre toda a documentação do Detran, com assinatura do médico. “Então o objetivo também é saber nas clínicas se havia documentos que comprovassem que essa pessoa esteve lá. Caso contrário pode haver falsificação da assinatura médica”, disse.
Ele Ressalta também que os estelionatários deram entrada no Super Fácil e nas clinicas também.
“Então é preciso saber com os atendentes que pegaram a documentação, já que essas pessoas além de fazerem o certificado falso, davam entrada em toda a documentação no Detran”, comentou.
Quando comprovado o envolvimento, tanto das pessoas que participaram do esquema, quanto os que utilizaram documentos falsos e sabiam que disto era maneira ilícita, serão indiciados por estelionatos, falsificação de documentos.

AS INVESTIGAÇÕES CONTINUAM
O delegado disse que a Polícia Federal continua as investigações, e dá andamento aos exames periciais necessários, além de ouvir as pessoas. “Vamos possivelmente relatar e mandar para a promotoria todas investigações”, acrescentou.
Falou também que continuam a receber do Detran informações de todos que apresentaram certificados falsos. Inclusive daqueles que já receberam a carteira de habilitação. “Então o Detran no momento faz uma triagem com as pessoas que receberam o CNH e o utilizaram os certificados. E manualmente vão checar se os documentos são falsos ou não”, garantiu.
Para o delegado a emissão de certificados falsos reflete muito no trânsito, onde há registros de tantos acidentes, causados por motoristas não habilitados que não têm condições de dirigir. “A partir do momento que a pessoa consegue uma habilitação com um certificado falso, indiretamente ou diretamente reflete no trânsito em Macapá”, alertou.

(matéria publicada no Jornal A Gazeta em 27.05.08)

terça-feira, 27 de maio de 2008

Quem dá notícia é notícia também!

O Jornal Liberal divulgou em nota, na coluna Amapá, do jornalista Paulo Oliveira.

Edição de 14/05/2008

"As jornalistas amapaenses estão aderindo à blogosfera. Além da pioneira Alcinéa, mantêm blogs na internet: Simone Guimarães (Diário de Jornalista), Neide Dolla e Dione Amaral (Meca da Notícia) e Flávia Fontes (Jornalismo de Saia). Vale a pena conferir."

É isso aí, valeu pela força e vamos continuar noticiando!

Abraços da Dona da Saia!

Seminário


Servidores do TRE recebem capacitação para eleições 2008



Flávia Fontes

As eleições 2008 acontecerão em outubro, mas os preparativos já iniciaram. Como parte deles, iniciou ontem (26), o II Ciclo de Estudos da Justiça Eleitoral promovido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AP). O curso irá até sexta-feira (30), com aulas pela manhã e tarde.
Para o coordenador de educação e desenvolvimento do TRE- AP, Rinaldo Farias, o evento tem o objetivo de capacitar os servidores das zonas eleitorais e proporcionar subsídios suficientes para que eles possam conduzir o processo eleitoral com êxito, além de estimular as discussões sobre os diversos temas relacionados às eleições 2008.


PRONTOS PARA AÇÃO
Entre os assuntos abordados estão: prestação de contas eleitorais; representações/reclamações; registro de candidatura; fiscalização de propaganda eleitoral; transmissão de resultados e geração de mídia, entre outros. “É neste evento que os servidores da zona eleitoral recebem as orientações necessárias para conduzir de maneira eficaz todo o procedimento das eleições, que vai desde a candidatura até a diplomação do candidato eleito”, acrescenta o coordenador.
O Estudo faz parte de uma programação de encontros que antecedem as eleições. A cada pleito são promovidos seminários como estes para atualizar os conhecimentos dos servidores. Os ministradores das palestras são secretários e coordenadores do próprio Tribunal Regional Eleitoral do Amapá. “Já está agendado o próximo encontro que será a II Jornada pela Democracia, que acontecerá no mês de junho”, informa Rinaldo. Ele ressalta também que durante o seminário: II Ciclo de Estudos da Justiça Eleitoral, os servidores receberão treinamento de sistema eleitoral que contém as seguintes informações: sistema de prestação de contas, sistemas de registro de candidatura, sistema de horário eleitoral, seja em rádio ou tv.
As atividades estão sendo realizadas no Plenário Jurista Luiz Calandrini que funciona no prédio do TRE/AP.



(Matéria publicada em 27.05.08 no Jornal A Gazeta)

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Teatro das Bacabeiras


Passará por mais uma reforma


Flávia Fontes

Novos equipamentos e reestruturação física. Estas serão as principais mudanças promovidas pela reforma no Teatro das Bacabeiras. As obras estão programadas a partir do mês de julho.
A Secretaria de Cultura do Estado já protocolou um documento junto à Secretaria de Infra-estrutura, solicitando o reparo geral da estrutura física do prédio.


Inaugurado há 18 anos
De acordo com a coordenadora de Ação e Inclusão Cultural da Secretaria de Cultura do Estado, Clotilde Nazário, desde sua inauguração, há 18 anos, o teatro foi reformado apenas uma vez, e a necessidade surgiu em função do tempo de funcionamento. “Temos que redimensionar todo o sistema de refrigeração, que não atende mais ao público, quando o Teatro está lotado”, comenta. Além prever o reparo estrutural do palco, da platéia e das salas ambientes, que são de dança, imagem e som, da palavra e outras.


Agendar a reforma
O período para a melhora na estrutura foi escolhido, devido ao agendamento de eventos que ocorrem durante o ano. “Nosso conselho de pauta se reúne para formular a programação e há dois meses havíamos projetado atividades até junho deste ano”, justifica. A expectativa da coordenação é que as mudanças durem um mês. “Mas isso vai depender do andamento das obras”, acrescenta.


Reestruturação ambiental
Clotilde fala ainda que paralelo à reforma a Secretaria de Cultura trabalhará com o projeto de estruturação dos espaços culturais, para aquisição de equipamentos adequados, como a estrutura da sala da imagem e som, que precisa de cadeiras para o auditório, data-show e recursos áudios-visuais. “O projeto já foi concluído, está em fase de análise para ser apresentado ao Ministério da Cultura, através de emenda parlamentar”, explicou a coordenadora. O diretor do Teatro das Bacabeiras, Carlos Lima, falou que a reforma é necessária, já que alguns compartimentos enfrentam problemas de infiltração e esta ação só tem a acrescentar aos trabalhos desenvolvidos em favor da arte no Amapá.



(publicado no jornal A Gazeta, em 2008)

sábado, 24 de maio de 2008

A volta do CPMF


O fantasma do retorno da “contribuição” gera polêmica


Flávia Fontes

A base aliada do governo fechou acordo nesta terça-feira (20), para apresentar ao Congresso a proposta de criação da Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (IPMF), na próxima semana. Foi que informou o líder do governo na Câmara, deputado Maurício Rands (PE). Os governistas querem recriar a CPMF, exclusiva para a saúde, com alíquota de 0,1 %, o que, por cálculos da base, corresponderia a uma arrecadação de 10 bilhões de Reais/ano. A intenção de recriá-la é garantir ao governo receita para compensar a Emenda 29, que destinará mais recursos à Saúde. Aprovada no Senado, a Emenda será votada na Câmara no próximo dia 28 e caso aprovada, representará despesa de 23 bilhões de reais a partir de 2011.
CPMF X IPMF - A Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF) substituiu o Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF), criado em 13 de julho de 1993 e que vigorou de 1 de janeiro de 1994 até 31 de dezembro de 1994. O IPMF tinha uma alíquota de 0,25%, que incidia sobre os débitos lançados sobre as contas mantidas pelas instituições financeiras. A CPMF passou a vigorar em 23 de janeiro de 1997, baseado na edição da Lei nº 9.311, de 24 de outubro de 1996. A contribuição foi extinta em 23 de janeiro de 1999, tendo sido substituída pela IOF até o restabelecimento em 17 de junho de 1999. A alíquota, que era originalmente de 0,25%, foi elevada na época de seu restabelecimento para 0,38% e posteriormente abaixada para 0,30% em 17 de junho de 2000 e novamente para 0,38% em 19 de março de 2001. A proposta de prorrogação da contribuição foi rejeita pelo senado em dezembro de 2007.
NOVO SACRIFÍCIO- Para Adriano há uma grande obrigação de planejamento e direcionamento da arrecadação que o povo brasileiro tem contribuído e de forma sacrificante. De acordo com o contador, Adriano Almeida, a CMPF foi extinta. E para suprir a ausência, o governo pegou o Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros (IOF, que incide sobre operações de crédito, de câmbio e seguro e operações relativas a títulos e valores mobiliários), que já existia e aumentou a porcentagem dele, que ficou bem parecida com a CPMF. “Hoje como o governo anuncia que tem recordes em cima de recordes de arrecadação. Então ele tem que se planejar melhor e ver realmente quais são os focos das suas necessidades e investir certo”, comenta o especialista.
NENHUM BENEFÍCIO - Para o empresário e administrador, Marcos Cleiton Santos, a reformulação da CPMF, é mais uma forma de tirar dinheiro do contribuinte. Ele diz que são tantos impostos cobrados que ninguém mais sabe para que sirvam. “Nós pagamos tantos impostos, eu sou contra a volta de mais este que já foi extinto”, desabafa.
CADA VEZ PIORA - Marcos fala ainda que as coisas não mudam. As ruas continuam totalmente desestruturadas, a saúde precária, falta medicamentos nos postos, as pessoas demoram horas para serem atendidas, entre outras coisas. “Precisam construir mais hospitais, contratar mais médicos para atender a população. Nós não vemos o nosso dinheiro ser aplicado como deveria. O que vemos são vários escândalos de corrupção, desvio de verbas, essas coisas”, conclui.
O LEÃO TEM FOME - Segundo o contador, quando a empresa tem um setor de contabilidade, ela pode ter benefícios no que diz respeito ao abatimento do imposto de renda. Mas no cenário do Amapá isso quase não acontece. A maioria é pequena, micro-empresas, que não possuem estrutura para manter uma contabilidade, não há organização, e em função disto, não conseguem se beneficiar a níveis tributáveis. “Houve uma intenção do governo para que as pessoas que pagassem a CPMF, poderiam incluir na declaração do imposto de renda, mas foi apenas um boa intenção que não foi oficializada. Ano passado nós pagamos a contribuição como pessoa física e não pudemos incluir esta despesa para abater em nosso imposto de renda”, afirma. Quem usufrui são apenas as empresas que totalmente organizada, tem uma contabilidade funcionando, ou seja, a minoria em nosso Estado.
O POVO PERDE - Segundo o contador a CPMF foi uma ferramenta que o governo criou para duas funcionalidades: a 1ª seria cobrar em cima da movimentação de conta corrente, isso era tirado imediatamente da conta bancária e o banco tinha autorização para enviar a taxa para o governo federal. A 2ª função seria a fiscalizadora, se a pessoa tivesse grande movimentação bancária e não declarasse, o governo tinha como confrontar essas duas informações, tanto a que foi repassada para o imposto como pessoa física e a informação que o banco também repassa para o governo federal. Depois era comparado, se não fossem compatíveis a pessoa caía na malha fina da receita.
O IOF DEU DE NOVO - “O IOF quase não aparecia, também é um imposto cobrado em cima de movimentação bancária, só que movimentações específicas, com a extinção da CPMF, o imposto foi ampliado. Então para mais imposto? Dinheiro tem, o contribuinte paga os impostos, mas o governo não administra isso como deveria”, conclui Adriano.

(Fonte: http://pt.wikipedia.org/)

Matéria publicada no jornal A Gazeta em 24.05.08

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Educação fora da escola


Crianças conhecem o mundo das pesquisas na Embrapa


Flávia Fontes


Caderno e caneta na mão. Olhares curiosos para os que viram as aulas teóricas da sala de aula, transformadas em práticas. Foi assim, ontem (21), a visita dos alunos da 5ª série do colégio Santa Bartoloméa, aos laboratórios e ao campo experimental da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa/AP). Foram 31 crianças, coordenadas pela orientadora, Ana Patrícia e pelas professoras, Sandra Zampar e Renata Modesto,que coordenaram as atividades extra classe.
Teoria e prática
Para a professora de ciências, Sandra Zampar, esse trabalho é desenvolvido para que os estudantes possam visualizar as áreas de pesquisas da Embrapa e relacionar com os ensinamentos teóricos adquiridos na escola. Além de tornar o ensinamento mais atraente ao aluno. A pesquisadora da Embrapa, Valéria Bezerra, gostou da experiência. Ela comentou que ao falar de ciência para criança é importante fazer-se entender e interagir sempre. “É fundamental falar fácil. Por exemplo, não posso falar refratômetro e brix, tenho que falar de aparelho que mede a quantidade de açúcar”, citou a pesquisadora, que é mestre em Ciência dos Alimentos.
Açúcar demais...
No laboratório de análise de alimentos, ela utilizou refrigerante, suco e frutas para demonstrar às crianças como e por que fazer a medição do açúcar. “Açúcar demais faz mal à saúde”, sintetizou. Em seguida, as crianças foram ao campo experimental de Fazendinha, onde estão instalados clones de cupuaçu, experimentos de bananeiras, mandioca, macaxeira e o viveiro de mudas da Embrapa. Para a aluna Camila Amorim, 10 anos de idade, a aula foi muito interessante.
Cuidados com a natureza
Ela disse ainda que se sentiu encantada pela forma do estudo sobre os insetos e dos solos. “Aprendi que se a floresta continuar sendo desmatada, o solo empobrece e pode prejudicar a todos nós, seres vivos”, comentou. O garoto Pedro Lima, que quer ser piloto de avião, para atuar na área de agricultura, falou entusiasmado da importância da visita. Além de considerar tudo muito curioso, ficou surpreso ao ver o estudo sobre os insetos e as formas como eles se reproduzem. “Nós estudamos desde o começo do ano na sala de aula sobre os vários tipos de solo. E hoje pudemos ver isso na prática. É ótimo”, entusiasmou-se.A pesquisadora acrescenta que o fato de orientar seu filho nas tarefas escolares, que é da quinta-série, facilitou para que ela conseguisse ligar muitos assuntos que mãe e filho estudam juntos, com os assuntos apresentados às crianças-visitantes, como: Solos, Amazônia, bioma e cadeia alimentar.

(publicado no Jornal A Gazeta em 22.05.08)

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Mais estrutura para o combate a Aids


A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), fez ontem (20), pela manhã, a entrega de um monitor de microcomputador, uma CPU, um estabilizador, impressora, máquina digital e uma escrivaninha, à Associação de Doadores Voluntários de Sangue do Amapá, que coordena o Fórum das Organizações Não Governamentais, entidade que trabalha na prevenção da Aids no Estado. Em cumprimento a portaria 2.313 de 19 de dezembro de 2002, do Ministério da Saúde, que libera os recursos do Plano de Ações e Metas (Pam). De acordo o secretário de Saúde do Município, Emmanuel Bentes, todo o ano é feito o repasse de R$ 10 mil ao Fórum, através de equipamentos para o melhoramento das atividades e ações dessas instituições.
A coordenadora do Fórum, Socorro Madureira, explica que a entidade já existe há três anos no município, e a atual coordenação funciona na av. Mendonça Júnior, 268, Centro. Ela garantiu que prefere receber o recurso do Plano de Ações e Metas (Pam), através dos aparelhos, já que o Fórum utilizava equipamentos emprestados das organizações. “Além de agilizar os trabalhos, a aquisição dessas ferramentas é um incentivo a continuar nossas ativiaddes”, acrescenta.
Entre as ong´s que fazem parte do Fórum estão, Grupo das Tildes do Amapá, a Associação das Parteiras Tia Cecília, que fica em Santana, a Associação de Mulheres Profissionais do Sexo, a Associação de Mulheres Soro-positivas, e outras.

Atendimento nos postosEmannul Bentes comentou sobre a situação dos postos de saúde do município que tiveram a demanda alterada devido a reforma do Pronto Atendimento Infantil. Segundo ele, ainda não houve acordo com o Estado, mas os atendimentos continuam. “Além do aumento na demanda, aumentou o consumo de medicamentos, estamos preocupados, mas ainda estamos em negociação com a Secretaria de Saúde Estadual”, comenta.


Flávia Fontes



(Matéria publicada em 21/05/08 no Jornal A Gazeta)

terça-feira, 20 de maio de 2008

Amapá poderá ser produtor de soja


Plantar soja no Amapá é possível. É o que diz as primeiras informações da análise desenvolvida pelo pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – (Embrapa/AP), Gilberto Ken-Iti Yokomizo.
O levantamento trata-se de um estudo sobre o melhoramento genético da soja na região Norte e foi tema do pós-doutorado, realizado na Escola Superior de Agricultura Alberto de Queiroz, vinculada à USP.Com relação à soja no Brasil, foram avaliadas a ocorrência das doenças ferrugem e podridão vermelha da raiz e a análise de experimentos com o grão. O primeiro passo foi a coleta de dados sobre a região de serrado, mais indicada para o plantio. De acordo com o pesquisador existem diversas áreas de serrado no Amapá que, além de serem aproveitadas, são desmatadas. Logo essa pesquisa favorece o plantio e cultivo para posteriormente alanvancar uma produção industrial. Com o melhoramento genético é possível aprimorar a produtividade por meio da adaptação a diversos ambientes, maior resistência a doenças, melhoria da qualidade do grão e da semente e elevar os teores de óleos e proteínas. “Fizemos uma junção dos genes mais resistentes para evitar doenças e o uso de produtos agrotóxicos. Mas não se trata de transgêncico, é uma experiência natural. Ainda aguardamos o resultados finais que estão previstos para 2010”, acrescenta Yokomizo. São aproximadamente mil hectares com plantio de soja no Amapá. Agricultores começam a se interessar e se instalar no Estado, mas não chegam a vinte o número. Produzir e exportar soja seria uma opção a mais para a economia atual, já que existem um milhão de hectares de serrado disponível. Caso fosse utilizado 200 a 250 dessas áreas, tornaria viável a cultivo. Mas isso tudo é um processo, e é preciso matéria prima na quantidade ideal para trabalhar. “Não adianta as indústrias se instalarem e terem apenas 10% de sua capacidade utilizada. Espero que consigamos selecionar proteínas adequadas para os agricultores e orientá-los a fazer o plantio correto”, ressalta.


Flávia Fontes



(Matéria publicada no Jornal A Gazeta - 2008)

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Autoridades discutem abuso sobre sexual infantil


Segundo dados de uma pesquisa Nacional a cada oito minutos uma criança é violentada no Brasil, ato que causa 60 mil novas vitimas a cada ano, desse número 80% são meninas e 82% possuem de dois a dez anos de idade. E 90% dos abusos são praticados por alguém que a criança conhece ou tem alguma referência afetiva. Destes percentuais, o pai está entre o primeiro colocado, como violentador. Depois vêm o padrasto, tios, irmãos e outros. Para sensibilizar e discutir o assunto, Prefeitura Municipal de Macapá e Santana em parceria com o Governo, através da Secretaria Estadual de Saúde, promoveu o I Seminário de Sensibilização Multiprofissional de Atenção a Crianças e Adolescentes Vítimas de Abuso e Violência Sexual. O evento aconteceu ontem (15), às 14h, no auditório do Serviço Social da Indústria (Sesi/AP), e iniciou com a apresentação de uma peça teatral, intitulada “Os Indefesos”, que abordou de modo dramático o tema.
De acordo com a coordenadora do evento e do Grupo de Atividades e Monitoramento de Agravos por Fatores Externos da Secretaria Estadual de Saúde, Silvia Maués, o objetivo central é, através de uma mesa redonda, sensibilizar os profissionais da área de saúde sobre a problemática da agressão sexual contra crianças e adolescentes, através da promoção de novos conhecimentos, análises e reflexões sobre a temática. “Além de sensibilizar, queremos criar um debate sobre esse tipo de violência”, acrescentou.
A presidente do Conselho Tutelar, Cirlene Maciel, falou que os casos de abusos aumentaram progressivamente de 2005 até abril de 2008. Ressalta ainda que só nos quatro primeiros meses deste ano, a demanda superou 2006. “É preciso trabalhar na prevenção”, afirmou.
Diz ainda que a rede deve atuar com mais precisão, e que se faz necessário uma reestruturação de todo o sistema de atendimento que recebe as vítimas de abuso sexual.
“Nós encaminhamos mas é necessário observar se o atendimento funciona como deveria”, advertiu. Devido a delicadeza da situação, a criança que chega no hospital para passar pela avaliação médica e não pode esperar. Os profissionais da saúde precisam está envolvidos . “Então é necessária toda uma estrutura e formação continuada para lidar com a clientela”, comentou. Segundo dados do Conselho, a maior parte de denuncias de crianças que sofrem com o abuso, estão em bairros periféricos, com risco de vulnerabilidade. “Em Macapá, o maior índice está na zona norte”, concluiu.O secretário Municipal de Saúde Emmanuel Bentes, explicou que o seminário era uma forma de chamar a atenção das autoridades públicas e da sociedade para os trabalhos voltados para esta problemática. “Os índices estão aumentando e isso desperta a preocupação da Saúde Pública ”, disse o secretário.


Flávia Fontes


(matéria publicada no Jornal A Gazeta dia 16/5/08)

quinta-feira, 15 de maio de 2008

AÇÃO GLOBAL 2008 VEM AÍ!!!

É sábado (17), a partir das 8h até as 17h, nas Escolas Estaduais Maria do Carmo Viana dos Anjos e Maria José Souza e Silva - Jardim Felicidade II


Ação já acontece há 15 anos no Estado, promovida pelo Serviço Social da Indústria (SESI), em parceria com a Rede Globo.
Com o tema Brasil de Cidadania, a meta dessa edição é prestar 2.300.000 atendimentos para 1.100.000 pessoas em 30 pontos de atendimento e
mobilizar 40 mil voluntários e 2.612 instituições e empresas parceiras.

Vamos lá conferir!

P.S: Quero registrar meu abraço para a competente Ana, assessora de comunicação da Fieap!
Flávia Fontes

terça-feira, 13 de maio de 2008

Empresas poderão ter cota para negros


O Projeto de Lei 2.697/07, que institui cotas para os trabalhadores afro descendentes, em empresas privadas, está sob análise da Câmara dos Deputados, é de autoria do deputado Evandro Milhomen (PCdoB-Ap). A proposta é reservar 20% do quadro de contratados a pessoas que se auto declaram negras e pardas, segundo os critérios raciais estabelecidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Não ter desculpas - O objetivo do PLC é ampliar o acesso dos negros ao mercado de trabalho. O texto ainda prevê que a demissão de empregados afro descendentes somente será permitida se houver contratação de substituto em condições semelhantes. Milhomen afirmou que apesar dos avanços no combate à discriminação racial no país, os negros ainda enfrentam dificuldades para ingressar no mercado de trabalho, bem como sofrem com salários inferiores em relação aos profissionais brancos.
A maioria desempregada - "Embora constituam quase a metade dos trabalhadores brasileiros, os negros têm as maiores taxas de desemprego. Além disso, na maioria das capitais, a duração do desemprego é bem superior ao tempo em que os brancos ficam desempregados", afirmou.
Punição severa - O autor do projeto lembra que apesar de já existir uma conscientização das empresas em favor da diversidade racial, poucas organizações têm políticas claras de promoção de diversidade étnica. O texto diz que as organizações infratoras deverão pagar multa administrativa equivalente a 10 vezes o valor do maior salário pago pelo empregador, por vaga não preenchida, elevada em 50%, em caso de reincidência.
Sem desobediência - As empresas que não cumprirem o que determina a Lei sobre as cotas, também poderão ser proibidas de obter empréstimo ou financiamento em bancos públicos. O projeto atribui ao Ministério do Trabalho a competência para fiscalização, avaliação e controle das empresas quanto ao cumprimento da lei. A proposta passará por análise das comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público, de Seguridade Social e Família e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Posteriormente, também deverá ser votada pelo Plenário. O projeto tramita apensado ao PL 3147/00, que também reserva vagas nas empresas para trabalhadores negros.
Fonte: pequenas empresas & grandes negócios
Polêmica
Cotas para trabalhadores negros
Imagine a cena: Uma bela garota saindo feliz da escola. Para chegar a casa dela, tem que andar por um caminho meio deserto. De repente ela é assaltada e violentada por um sujeito cruel. Você imaginou? Agora responda a seguinte pergunta: “Qual era a cor da pele da linda garota e do assaltando cruel?”.
Cota-emprego para os negros - Para o deputado Evandro Milhomen, “num país em que se prega igualdade, ainda há vestígios de discriminação racial”. E que, apesar dos avanços no combate ao racismo, os negros ainda enfrentam dificuldades para ingressar no mercado de trabalho e sofrem com salários inferiores em relação aos profissionais brancos. Como parte de ações afirmativas está sob análise da Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 2.697/07, que institui cotas para trabalhadores afro-descendentes em empresas privadas.
Negra ou parda? - O projeto é de autoria de Milhomen (PCdoB-Ap). A proposta é reservar 20% do quadro de contratados a pessoas que se auto declaram negras ou pardas, segundo os critérios raciais estabelecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A proposta, embora não aprovada, já causa discussões entre os brasileiros. Pessoas de todas as áreas profissionais debatem sobre a eficiência do projeto. O advogado e mestre em direito, Jéferson Celos é favorável às políticas sociais de ações afirmativas, que inclui cotas. “Concordo sim, com o projeto. Eu vejo como um direito dos negros como forma de reverter uma história de marginalização, de exclusões, discriminações”, explica.
Enfatizar o preconceito - Para ele essa medida será garantia de representatividade negra, que segundo os dados do IBGE, é quase a metade da população brasileira, em estar onde não são comumente bem vistos e recebidos. O advogado cita os bancos em universidades e outras empresas. “É preciso tocar na ferida. Enxergar o problema e fazer políticas. Ver meios para reverter à situação, caso contrário às coisas não mudam”, garante.
O racismo existe e está presente - Jéferson comenta também que o racismo existe, mas de uma forma disfarçada. E a cota é um mecanismo para possibilitar a aceleração do processo de inclusão. Já que tem prazo de término. “Existe cota para mulher, para deficientes e outras políticas que buscam incluir outros desiguais. Mas quando se trata do afro-descendente é sempre polêmico”, acrescenta.
Racismo é pretexto - Já a vendedora ambulante Maria Santana, macapaense, não concorda e diz que, isso sim é racismo. Para ela todos nós somos iguais perante Deus. A vendedora fala que tem apenas o ensino médio e não tem condições financeiras de pagar cursinho ou fazer uma faculdade particular. “Para trabalhar não precisa de cor e sim de capacidade”, afirma. Maria tem um filho. É casada. Reconhece que o salário é apertado. Mas dá para levar a vida.
Sou vítima - A presidente do Instituto de Mulheres Negras do Amapá (Imena), Lourdes Tavares é totalmente a favor. E afirma que além de presenciar, já foi vítima de preconceito racial. “As pessoas afirmam que não existe racismo no Brasil. Mas você dificilmente vê uma negra na recepção de um estabelecimento”, observa. Para a presidente, os negros ocupam, na maioria das vezes, funções sem destaque ou de serviços gerais. “Infelizmente, se não há lei que obrigue nada vai mudar. Quem sabe meus netos farão parte de um mundo menos preconceituoso?”, sonha.
Racismo disfarçado - A mestra em sociologia, Amália Cardoso, concorda que há racismo. No entanto, disfarçado. E mostra-se preocupada quando o assunto é cota. “O problema é maior. Cotas não solucionam. Na verdade o que precisa ser resolvido é a questão cultural. Seria preciso criar políticas de capacitação profissional para os afro-descendentes. E a partir de então, encaminhá-los para o mercado de trabalho”, conjectura.
Cota é paliativo - Ela teme que mesmo com as cotas, os negros continuem ocupando cargos não tão visados economicamente. Para a mestra, deve-se começar pela base de tudo, trabalhar a instrução de crianças. E acredita que a educação ainda é a melhor saída para solucionar problemas culturais, mas reconhece que isso é uma medida em longo prazo. “A criança não nasce racista. Ela desenvolve isso com a conivência com os pais/mestres, que transmitem isso na educação”, esclarece. Diante de tantas discussões, a equipe do jornal A Gazeta foi às ruas saber se as pessoas são ou não favoráveis a existência de cotas para trabalhadores afros-descendentes em empresas privadas.

Enquête:

Lucicleide dos Santos – Secretária: “Fico dividida. Pois se for analisar a situação do Brasil, existe racismo. Então se faz necessário a existência desse tipo de política. Mas se for analisar pelo lado social, nada deve ser obrigatório. Não ser racista é uma questão de consciência. Não é preciso cotas para haver inclusão. Ao mesmo tempo penso que no Brasil, às vezes é difícil. As coisas só funcionam como lei mesmo”.


Joicilene Santos, repórter: “Eu acho que as cotas vão, na verdade é a criar mais discriminação. Por que se a meta é a igualdade, o que justifica criar pequenos grupos dentro de uma sociedade? Perante a lei considera-se que todos são iguais”.


Alieneu Pinheiro, Acadêmico de Jornalismo: “Eu acredito que a criação de projetos direcionados a cotas é simplesmente um ato de que a sociedade achou para se redimir com o que foi feito no passado. Mas isso acaba gerando outros fatores de exclusão. Faz entender que os afro-descendentes não são capazes de alcançar seus objetivos através de sua própria capacidade. O que não é verdade”.


Marcelino Neto, estudante: “Não concordo com o projeto. Isso limita a quantidade de pessoas e dificulta até a qualidade. Existem empresas que fazem admissão, sem observar se são brancos, negros, pardos e sem estabelecer racismo. Contratar alguém, sempre vai pesar o currículo de cada um e a capacidade profissional, não a cor”.


Rosana Silva, acadêmica de Fisioterapia: “Eu acho que é uma forma de exclusão e de preconceito. É como afirmar que os afro-descentes não são capacitados para competir no mercado de trabalho. Sei que existem pessoas que concordam outras, não. Esta é a minha opinião. A medida gera exclusão, sim. Não precisa disso. Somos todos capazes de entrar no mercado de trabalho”.


Jorge Alberto Souza, assessor de comunicação: “Sou totalmente favorável a criação de cotas. Está no momento de assumir o racismo como um problema social. Para finalmente reparar a dívida para com o negro. Essas medidas de ações afirmativas são importantes para a sociedade discutir e rever os conceitos”.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Agora é notícia!

O conceituado blog www.mecadanoticia.blogspot.com, divulgou uma nota sobre a criação do Jornalismo de Saia!
Valeu pela força! E um grande abraço para minha querida colega de profissão e amiga particular Dione Amaral.

Agora confira aí o que falaram da gente:

"Tendência ou modismo? A verdade é que a blogosfera pegou geral entre os jornalistas amapaenses. Depois da jornalista Simone Guimarães (TV Amapá) com o Diário de jornalista, quem lança agora um blog é a jornalista Flávia Fontes (A Gazeta). No blog Jornalismo de Saia ela deixa seu recado. “Espero ser fornecedora de informações pertinentes e contribuir com fatos, notícias da melhor qualidade”, diz Flávia que faz uma referência à sua amiga e futura jornalista Karol Sampaio."

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Atendimento infantil: de quem é a responsabilidade?


A reforma do Pronto atendimento Infantil Estadual (PAI), aumentou a demanda nos postos de Saúde Municipal. É que diz o Secretário Emmanuel Bentes. Os reparos que iniciou na quarta-feira (7), incluíram a pintura do Hospital da Criança que fica ao lado. A medida pegou de surpresa a população e principalmente a Secretaria Municipal de Saúde. “Na realidade foi enviado ofício a Prefeitura de Macapá, informando o período em que os prédios estiverem em obras e a redução no atendimento, devido às obras”, explica o secretário. Na solicitação, o Estado pede suporte maior nas unidades de saúde para os atendimentos das crianças.
O município faz a parte dele
Para Emmanuel Bentes, o Município não tem obrigação e nem estrutura para isso. “Fazemos apenas atendimentos ambulatoriais com consultas previamente marcadas. Casos de pediatria aguda, ou seja, urgência e emergência são de responsabilidade do Estado”, destacou. Faltam leitos, medicamentos e médicos suficientes para o acolhimento dos pacientes. “Nós procuramos o vice-governador, Pedro Paulo e nessa conversa explicamos a situação”, relatou.
Descentralizar o atendimento
De acordo com Bentes o fechamento parcial do PAI ocasionou aumento na demanda em todas as unidades municipais. E se continuar assim o consumo de remédios será triplicado. “O Estado precisa dispor de profissionais e medicamentos”, advertiu. Foi encaminhada uma proposta ao Governo do Amapá, via Secretaria de Saúde, para que se monte unidades de urgências e emergências nos postos do Buritizal, Lélio Silva e outra no jardim Felicidade, Marcelo Cândia. Com a intenção de resolver esse impasse. “Enquanto isso os casos de agudos de doença, a Secretaria Municipal Saúde está encaminhando ao Hospital São Camilo”, informou Emmanuel.
São Camilo em apoioPara a Saúde Estadual o PAI não está fechado, muito menos suspendeu o atendimento. Apenas reduziu a demanda. Antes recebia pacientes com gripes, viroses, dores de cabeça, o que seria de competência do Município. Deixou de atender estes casos. E assume que é responsável apenas pelo tratamento de média e alta complexidade. A reforma desativou apenas dez leitos, mas o atendimento de emergência continua no Local. De acordo com a assessoria de imprensa da Sesa existe a parceria como o Hospital São Camilo. Quando houver necessidade de internação e tenha leitos vagos serão enviados para lá, garantiu.



Flávia Fontes



(Matéria publicada em 08/05/08 no Jornal A Gazeta)

O interesse do jovem amapaense pela política


O jovem atual é sabedor do que acontece no mundo em relação a última moda de roupa, sapatos, ou mesmo na área esportiva, qual o melhor jogador, ou sobre tecnologias, etc. Mas quando se fala no assunto: política, é difícil encontrar alguém que tenha uma opinião formada.
Segundo a estatística do Tribunal Regional Eleitoral, o número de jovens entre 16 a 17 anos que possuem título de eleitor no Amapá é de 11.317 registros, incluindo ambos os sexos. Já para a idade de 18 a 20 anos foram registrados 35.571, para 49.883 títulos de pessoas com a faixa etária de 21 a 24 anos. Os números mostram que quanto mais novo, menos interesse pela política.
O estudante Rafael Barbosa, 16 anos diz que não se interessa muito sobre assuntos relacionados à política. Mesmo por que a maioria das vezes que viu na tv sobre o assunto, foi de falcatruas e roubos envolvendo representantes da área. E isso criou uma imagem muito negativa sobre política partidária. Disse ainda que sempre troca de canal quando inicia o horário político e não tem preferência por partidos. Além de não saber os nomes de todos os representantes políticos do seu município. “Eu confesso que não sei muito, e acho o horário eleitoral muito chato”, confessa.
O vereador Clécio Vieira (PSOL), fala que a falta de interesse pela política, de modo generalizado, reflete em primeiro momento, uma descrença da parte da população, em relação preferências partidárias. Em segunda partida, a desmotivação. Depois de presenciar tantos casos de corrupção ninguém quer apostar as fichas em candidatos. E por último, as pessoas, por não crerem, por não se interessarem, conseqüentemente não vão entender. “A partir daí as pessoas não sabem posicionar suas opiniões diante do cenário política, seja partidário ou não”, comenta. Esse desinteressa é maior nas camadas jovens, onde o voto não é obrigatório. Uma solução apontada por Clécio, seria a inserção da política na educação, só que de forma mais estimulante e atrativa para a criança e adolescente. Para que o jovem passasse a entender com maior propriedade o assunto. “Atitude como esta desperta transformação”, reflete o político.Quanto mais há jovens que ignoram direitos como o ato de votar, é dada margem para atuação de falsos representantes do povo, como aqueles que usam da compra do voto como forma de eleição. “Quando a política se afasta da escola, mais o jovem se afasta do conhecimento de seus direitos”, conclui.



Flávia Fontes



(Matéria publicada no jornal A Gazeta em 2008)

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Alunos de Psicologia do Seama querem saber o que é loucura



Andar nu pelas ruas pode ser considerado um ato de loucura? E se este mesmo ato for cometido no período do carnaval? Mas afinal o que é a loucura? O questionamento é bem simples, aparentemente sem muita importância, mas, para acadêmicos do 6º semestre do curso de Psicologia da Faculdade Seama, entender esta pergunta é fundamental. O trabalho de pesquisa, que teve início em junho de 2007, vem sendo desenvolvido pelas acadêmicas de Vera Lehnen, Manuelle Brito e Eline Damasceno, orientadas pelo coordenador do curso de Psicologia, André Luiz Picolle.
O coordenador André Luiz explica que a idéia de verificar o que os amapaenses entendem sobre a loucura surgiu a partir da preocupação das pesquisadoras com o aspecto desse tema no Amapá.
De acordo com o ele não existe uma definição do seja a loucura, esse é um conceito extremamente relativo e problematizado. “Por isto temos a missão de saber como é a concepção das pessoas de nossa sociedade”, comenta.
Na Idade Média e no Renascimento, supunha-se que a loucura era causada por uma pedra no cérebro, e sua extração seria “o caminho da cura”. Outros conceitos foram se formando com o passar dos séculos. Mas embora não existe uma verdade absoluta do que seja a loucura, este fenômeno depende de muitas versões. A loucura como é chamada tecnicamente é quando a pessoa se perde ou diminui de forma importante o contacto com a realidade, ou seja, os conteúdos da mente prevalecem sobre a capacidade de incorporar o fato. As principais características de uma pessoa "louca" são as alterações de pensamento (delírios), ela cria novas realidades, como dizer que é Napoleão, ou mesmo Deus; de percepção (alucinações auditivas e visuais), ela ouve ou vê coisas que não existem; afetivas, como ansiedade extrapolada, etc), além das manias.
Mas ser “louco” não quer dizer que a pessoa está doente da mente, mas pode simplesmente ser uma maneira diferente de ser julgado pela sociedade. Então aí mora o perigo de pré-julgar e condenar pessoas que simplesmente pensem de modo “diferente”, mas que não prejudicam ninguém por isto. O entendimento da loucura vai variar de acordo com a cultura de uma determinada sociedade. “Um exemplo, uma coisa que aqui em Macapá pode ser considerada desviante, já em São Paulo pode ser considerado uma coisa normal e até saudável”, acrescenta André.
Durante a pesquisa, as acadêmicas fazem entrevistas com pessoas do sexo masculino e feminino, nas idades de 18 a 60 anos, sem restrições de raça, sexo, e escolaridade. O objetivo é saber de que forma ocorre a representação social da loucura no contexto macapaense e se os fatores sociais e psicológicos influenciam na representação da loucura para o cidadão. “Geralmente as pessoas temem falar, na maioria das vezes por não ter uma definição sobre o tema”, completa Manuelle Brito.As entrevistas estão sendo realizadas em pontos estratégicos da cidade, como o Parque do Forte entre outros. Após a coleta de informações, as acadêmicas farão a análise e comparação com fontes bibliográficas. O resultado final da pesquisa será encaminhado às instituições responsáveis pela saúde mental no estado. “Trabalhos como estes enriquecem a literatura amapaense dentro do estudo da psicologia, que está em desenvolvimento em nosso estado” acrescenta Vera Lehnen.



Flávia Fontes


(Matéria publicada em 2008 no Jornal A Gazeta)

terça-feira, 6 de maio de 2008

Pesquisa "Mulher amapaense é maior mãe do Brasil"


Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/AP), as mães do Amapá, são as que mais têm filhos no país. Em 1970, a taxa de fecundidade da amapaense girava em torno de 8 filhos por mulher, essa era a maior porcentagem na época e correspondia a números de países bem menos desenvolvidos que o Brasil.
A aposentada, Maria Raimunda do Espírito Santo, 62 anos, moradora da Ilha de Santana é mãe de nove filhos. Ela conta que ficou grávida pela 1ª vez quando tinha 17 anos. “Na época a gente não tinha muita informação, e nem sabia como prevenir. Não tinha pílula, camisinha, essas coisas”, lembra. Dos nove filhos, quatro são mulheres, todas casadas e são mães. “Tenho duas filhas que tem cinco filhos cada uma. Ao todo são 18 netos e quatro bisnetos”, comenta. Dona Raimunda, explica que pelas dificuldades financeiras, seus filhos não puderam concluir o ensino médio.
Em 2000, esse apontador mostrou uma queda de quase 50% na fertilidade, as mulheres amapaenses passaram a ter quatro filhos, aproximadamente. Apesar de que essa redução não foi exclusiva do Estado. Segundo o pesquisador do IBGE/AP, Raul Tababajara, uma queda dessa proporção em um tempo relativamente curto, não ocorre naturalmente para um indicador social tão importante como número médio de filhos por mãe, e isso é verificado no mundo inteiro.

Mas o que teria ocasionado essa redução?
A partir de 1974, quando a televisão começou a funcionar na capital, as pessoas tiveram mais acesso a informação. “As macapaenses obtiveram conhecimento de como lidar com seu corpo e cobrar seus direitos”, acrescenta.
Mas só no começo da década de oitenta se popularizou no Amapá os métodos contraceptivos, inclusive a pílula anticoncepcional, moda nos anos 60, em grandes centros urbanos.
O pesquisador relembra que nos primeiros anos da década de 80 destacavam-se programas de tv como TV Mulher, Malu Mulher e outros. “Isso é uma realidade, os meios de comunicação tiveram uma parcela de contribuição nesse despertar da nortista”, afirma. Mas outros fatores como: aumento de escolaridade, acesso a universidade, também influenciaram nessa diminuição.

Nos dias atuais
Nos dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – (PNAD), há indicativo de que as amapaenses continuam com a maior taxa de fecundidade do país. Com 3,6 filhos por mulher, enquanto que no Brasil a porcentagem é de 2,2.
O levantamento mostra também que 62% delas, entre 15 a 49 anos já tiveram filhos. “hoje esse número corresponde a 135.000 aproximadamente”, adverte.
Para Tabajara, essas pesquisas são excelentes bases para a elaboração de políticas públicas, principalmente na área de saúde. Mas faz uma alerta, enquanto o Estado registrou queda progressiva na percentagem de fertilidade, o número de gravidez precoce, entre jovens de 15 a 19 anos, aumentou. “Nos oito últimos anos a taxa subiu para 7,4%. Isso mostra que as mães estão cada vez mais novas”, conclui.

Flávia Fontes
(Matéria publicada dia 05. 05.08 no Jornal A Gazeta)

A era digital "A vida moderna e o analfabebismo tecnológico"













A pobreza material extrema e a absoluta falta de escolaridade resultam no que chamamos de analfabetos puros. No entanto, tão grave quanto esse é o analfabetismo funcional que afeta milhões de brasileiros, que deixaram a escola sem haver aprendido o mínimo necessário para enfrentar a vida moderna. Alguns mal sabem ler e escrever e nem sequer conseguem fazer operação aritmética com números de três algarismos. E como se não bastasse, ainda podemos citar um terceiro tipo de analfabetismo que submete o país: o digital ou informático. Ou, como também se costuma dizer, o analfabetismo tecnológico. Este último refere-se a uma incapacidade em “ler” o mundo digital e mexer com a tecnologia moderna, principalmente com relação ao domínio dos conteúdos da informática como planilhas, internet, editor de texto, desenho de páginas web etc. A causa do analfabetismo tecnológico é associada à “exclusão digital”, dita como a forma mais atual de violência e ampliação das desigualdades.
Segundo o professor e especialista em informática, Evaldo Expedito dos Santos, com o computador assumindo função principal na informação, é fundamental que a sociedade se preocupe com as pessoas que estão à margem desta evolução, para não gerar uma massa de analfabetos tecnológicos. “Hoje tudo que nos cerca de alguma forma está ligado a informatização, seja para fazer um saque no banco, através do caixa eletrônico, ou mesmo para efetuar uma compra pela Internet”, acrescenta o professor. E a ausência deste conhecimento pode gerar uma deficiência nas relações profissionais e pessoais deste indivíduo.
O aposentado Francisco Soares, apesar de ter 67 anos está em busca desse conhecimento e conta que não quer ficar para trás e está recebendo instruções de como utilizar o seu próprio computador. Ele fala que seu netinho de 7 anos sabe mexer em várias funções do micro e adora jogar no computador. “Confesso que não é fácil, existem funções que eu não entendo, mas sou determinado e tenho boa vontade. Não posso ficar para trás”, garante. Além de utilizar a Internet e armazenar fotos e vídeos familiares, Francisco faz um controle financeiro dos seus gastos pessoais.
O Estudante Bruno Daniel tem 14 anos e passa de uma a duas horas na frente do computador, seja acessando a internet, ou mesmo mexendo em programas de grande complexidade como edição de imagens e vídeos. “Meus pais me pedem ajuda algumas vezes para mexer em alguns programas no computador”, fala Daniel.
O professor Expedito esclarece ainda que o analfabetismo tecnológico não acontece apenas entre pessoas de baixa renda, mas ocorre entre as várias classes sociais. E ainda faz um alerta para que os crimes cometidos pela Internet que aumenta a cada dia. “Existem doutores que não sabem manusear um computador”, afirma.







Reporter: Flávia Fontes




(Matéria publica em 2008 no Jornal A Gazeta)

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Saudações!!!!

Este é um momento especial, quando passa a existir o blog Jornalismo de Saia!

Espero ser fornecedora de informações pertinentes e contribuir com fatos, notícias da melhor qualidade.


Desde já agradeço sua visita!

Até a próxima


Flávia Fontes