sexta-feira, 9 de maio de 2008

Atendimento infantil: de quem é a responsabilidade?


A reforma do Pronto atendimento Infantil Estadual (PAI), aumentou a demanda nos postos de Saúde Municipal. É que diz o Secretário Emmanuel Bentes. Os reparos que iniciou na quarta-feira (7), incluíram a pintura do Hospital da Criança que fica ao lado. A medida pegou de surpresa a população e principalmente a Secretaria Municipal de Saúde. “Na realidade foi enviado ofício a Prefeitura de Macapá, informando o período em que os prédios estiverem em obras e a redução no atendimento, devido às obras”, explica o secretário. Na solicitação, o Estado pede suporte maior nas unidades de saúde para os atendimentos das crianças.
O município faz a parte dele
Para Emmanuel Bentes, o Município não tem obrigação e nem estrutura para isso. “Fazemos apenas atendimentos ambulatoriais com consultas previamente marcadas. Casos de pediatria aguda, ou seja, urgência e emergência são de responsabilidade do Estado”, destacou. Faltam leitos, medicamentos e médicos suficientes para o acolhimento dos pacientes. “Nós procuramos o vice-governador, Pedro Paulo e nessa conversa explicamos a situação”, relatou.
Descentralizar o atendimento
De acordo com Bentes o fechamento parcial do PAI ocasionou aumento na demanda em todas as unidades municipais. E se continuar assim o consumo de remédios será triplicado. “O Estado precisa dispor de profissionais e medicamentos”, advertiu. Foi encaminhada uma proposta ao Governo do Amapá, via Secretaria de Saúde, para que se monte unidades de urgências e emergências nos postos do Buritizal, Lélio Silva e outra no jardim Felicidade, Marcelo Cândia. Com a intenção de resolver esse impasse. “Enquanto isso os casos de agudos de doença, a Secretaria Municipal Saúde está encaminhando ao Hospital São Camilo”, informou Emmanuel.
São Camilo em apoioPara a Saúde Estadual o PAI não está fechado, muito menos suspendeu o atendimento. Apenas reduziu a demanda. Antes recebia pacientes com gripes, viroses, dores de cabeça, o que seria de competência do Município. Deixou de atender estes casos. E assume que é responsável apenas pelo tratamento de média e alta complexidade. A reforma desativou apenas dez leitos, mas o atendimento de emergência continua no Local. De acordo com a assessoria de imprensa da Sesa existe a parceria como o Hospital São Camilo. Quando houver necessidade de internação e tenha leitos vagos serão enviados para lá, garantiu.



Flávia Fontes



(Matéria publicada em 08/05/08 no Jornal A Gazeta)

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