quarta-feira, 18 de junho de 2008

Inclusão Social

Adolescentes da FCRIA recebem qualificação Profissional

Flávia Fontes

Atualmente o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai – DR/AP) estabelece parceria com a Fundação da Criança e do Adolescente do Amapá (FCRIA). Eles capacitam jovens que estão sob medida judicial, através de cursos de qualificação profissional. “Neste primeiro momento eles recebem qualificação profissional nas áreas de Mecânica Automotiva Básica e Panificação Básica”, acrescenta a gerente de educação do Senai, Ivone Silva.
Encaminhar para o mercado
Ao todo serão capacitadas 75 pessoas até setembro. Na primeira etapa, 30 jovens, com idade entre 15 a 17 anos. Serão 15 em cada turma que receberão instruções. “O objetivo é preparar os jovens para o mercado de trabalho e praticar a inserção social destes adolescentes. Muitas vezes não têm uma oportunidade de uma qualificação, que possa integrá-lo à sociedade”, explica a gerente. Diz ainda que além das específicas qualificações curriculares referentes aos cursos ministrados, os adolescentes recebem orientações para o trabalho, onde terão conhecimento sobre ética, relações humanas e cidadania. “Nós desenvolvemos outros projetos de capacitação profissional com vários outros órgãos como Penitenciárias, tanto masculina quanto feminina”, informa.

Na Trilha da Liberdade
O trabalho é intitulado “Na Trilha da Liberdade Via Educação Profissionalizante de Jovens sob Medida Sócio-Educativa no Meio do Mundo”, com o financiamento da Petrobrás. A Fundação da Criança e do Adolescente do Amapá (FCRIA) é a idealizadora do Projeto elaborado em função do edital de projeto sociais da Petrobrás em 2007. “No Brasil, crianças e adolescentes apresentam alto grau de vulnerabilidade, o que pode colocar em risco o futuro do País. Por isso iniciativas como estas auxiliam no combate a essas problemáticas”, comemora.

A estatística
De acordo com dados de 2006 apresentados pelo representante da Subsecretaria de Promoção de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da Presidência da República, 90% das crianças brasileiras, na faixa de zero a três anos, não freqüentam creches. Além disso, 932 municípios brasileiros foram identificados como áreas de exploração sexual de crianças e 1,9 milhões de crianças e adolescentes na faixa de 5 a 14 anos sofrem exploração de trabalho infantil. Com relação à ressocialização, destacou que 60 mil adolescentes cumprem medidas sócio-educativas. Por outro lado, 40% das mortes de crianças são ocasionadas por "motivos externos" (homicídio).

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