por Flávia Fontes
Não estou em busca de ser compreendida, já que, nem sempre eu consigo me entender. Quero apenas usufruir meu direito de ser, senão o que eu realmente sou, então, pelo menos o que eu “acredito ser”: uma mulher, uma menina, uma ambígua... Poeta, jornalista, pierrô atrapalhado e eterno aprendiz...
Quero ter a simples escolha de encarar ou construir a realidade a partir de meus sonhos e pesadelos. Preciso fazer ao menos o que “acho” que desejo fazer... Digo isso a todos, inclusive a mim! “Não, definitivamente não quero ser cobrada, e, se for, não quero desistir, mesmo assim.
A vida nunca me foi fácil, eu apenas aprendi a amar a ilusão... Escolhi este caminho... Um dia eu sonhei em ser um pássaro livre a voar... Mas parece que o tempo e o desgaste dos dias corroeram as asas que eu possuo: IMAGINAÇÃO. E, minhas pernas cansam, às vezes... Meus pés doem, pesam e se demoram nos passos...
Meu coração bate, eu sinto leves pancadas no peito dizendo: “adequei-me aos gostos alheios, agora eu quero fugir!” Mas, estou tão cercada por todos... Construí meu mundo com a opinião dos outros, eles têm o que querem e eu?... Sinto-me cada vez mais distante de mim...
Um dia eu bati numa porta, queria ser jornalista. Por quê? Eu achava que “sabia” escrever e tinha sede pelos fatos... Mas, esqueci que além da sede, tenho um grande amor: SOU AMANTE DA FANTASIA...